Anísio Mello |
Anísio Mello, tendo herdado dos pais a vocação pelas letras e pelas artes, começou em 1939 pintando seu primeiro quadro a óleo; depois veio Lira Nascente (poesia), em 1950. Na orelha, o respeitado poeta Américo Antony, gravou: "Anísio encerra em si a trilogia da sensibilidade estética: é pintor, é músico e é poeta. Só isto afirma indubitavelmente a esperança da flor que começa a nascer".
Quanta responsabilidade, deixou escrito o agraciado, para um jovem que havia encerrado o curso Clássico (2º grau) e buscava novas conquistas, na Manaus acabrunhada da metade do século XX. Depois de breve passagem por Eirunepé (AM), onde conquistou a esposa Lindalva Mello, partiu para o Sul, fixando-se em São Paulo.
Desembarcou no início das comemorações do 4º Centenário da grande metrópole. Começou produzindo para esse evento e não mais parou. Fez jornalismo ao editar o jornal Correio do Norte e participar de outros. Conquistou o emprego no então Banco de Credito da Amazônia e a Faculdade de Letras, especializando-se em línguas latinas.
Foram tantas as exposições, não apenas de caráter individual, mas as coletivas em São Paulo, Curitiba e uma itinerante pela Europa. Vieram os prêmios, os mais importantes, em 1960, a “Medalha Marechal Rondon”, da Sociedade Geográfica Brasileira, em São Paulo. E em 1977, o Prêmio Governo do Estado do Amazonas, pelo conjunto de suas obras.
Duas outras honras registradas pelo próprio Anísio Mello: os painéis pintados em várias igrejas, com destaque para os três pintados em Eirunepé (AM).
Em 1884, com a morte de sua mãe, assume a direção do Liceu de Artes Ester Mello, onde ensinou até ano passado quando ambos desapareceram.
Convite à Poesia, de Anísio Mello |
Encerro com as palavras do poeta Sérgio Pereira: “quem teve a oportunidade de palmilhar passo a passo a caminhada vitoriosa do grande espírito, que foi Anísio Mello, terá tido a ventura de compartilhar a vida e o sacerdócio do mais autentico artista que eu e o Amazonas conhecemos. Por isso estes rabiscos são desnecessários. Anísio Mello foi mestre incontestável”.
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