Nascido em 22 de novembro de 1954, o Clube da Madrugada – movimento que abrigou intelectuais e artistas em Manaus – apesar de extinto, vem sendo relembrado pelas sete décadas de criação. A Editora Valer acaba de lançar o livro “Clube da Madrugada 70 Anos”, de Tenório Telles, e coordena uma série de encontros, mesas e colóquios.
Capa do livro de Jorge Tufic |
Quero relembrar duas datas sobre o Clube: a
primeira mais distante, a dos 30 Anos registrada em livro de Jorge Tufic,
um dos presidentes de maior proeminência do CM. A segunda, a comemoração do
cinquentenário, cuja festa foi concretizada no Largo de São Sebastião em palco
onde desfilaram os remanescentes daquela Madrugada.
Aquele ano de 1954 legou marcas indeléveis a
Manaus: a instalação do Instituto Christus, depois CIEC, pelo mestre Orígenes
Martins; a criação da Rádio Rio Mar, hoje pertencente a arquidiocese de Manaus;
e o Clube da Madrugada, destes, atualmente apenas a emissora funciona. No
entanto, quero me referir a outra singularidade: nas três entidades operou o
padre-poeta L. Ruas.
Refiro-me a Luiz Augusto de Lima Ruas
(1931-2000), que foi ordenado sacerdote por dom Alberto Ramos em 31 de outubro
de 1954, ao lado do saudoso Manuel Bessa Filho, na Catedral da Padroeira. Companheiro
de Orígenes no seminário, Ruas integrou-se ao grupo fundador do Christus.
Cooptado por Jorge Tufic, ingressou no Madrugada, tendo presidido o
clube biênio 1957-58, quando lançou sua obra-prima A Invenção do Clown.
Enfim, quando a igreja católica adquiriu a Rio Mar, L. Ruas exerceu distintas
funções, destacando-se como cronista radiofônico.
Padre-poeta L. Ruas |
Exerceu o magistério em diversos colégios,
no Seminário e na Universidade Federal do Amazonas. Seu nome crisma a EE Padre
Luiz Ruas, no bairro Zumbi III. Faleceu em Manaus, em 1º de abril de 2000,
estando sepultado no cemitério São João Batista.
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