VELHOS TEMPOS
Realizou
o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, a sua primeira festa em
comemoração aos seus 50 anos de existência, na noite do dia 17 de março de
1967. Aberta a sessão pelo presidente, Des. João Pereira Machado Júnior teve,
ao seu lado o Dr. Mário Jorge de Couto Lopes, digno representante do Governador
do Estado, Sr. Danilo Duarte de Matos Areosa.
Iniciada a sessão, disse
o Des. Presidente dos propósitos daquelas festividades congratulando-se com os
presentes em prestigiar uma entidade cultural, cuja história constitui um marco
de glórias para a intelectualidade amazonense.
A seguir, usou da
palavra o professor João Bosco Evangelista, dizendo o jovem orador da União
Brasileira de Escritores do Amazonas, dos objetivos de seus companheiros no
congraçamento intelectual da juventude amazonense, irmanados com os ideais de
bem servir ao soerguimento da cultura desta terra, no qual estava com a sua
tradição gloriosa, o Instituto.
A seguir, o Presidente
deu a palavra ao conferencista da noite, Des. André Vidal de Araújo, que
abordou com raro brilho e cultura o tema “A Antropologia Filosófica”, de Pierre
Teilhard de Cardin, empolgando por vezes, o auditório seleto, pela beleza da
sua eloquência e erudição.
Finalizando a noite de
gala vivida, depois de um interregno longínquo, o orador oficial, padre
Raimundo Nonato Pinheiro, com sua palavra fácil, teceu ligeiramente comentários
sobre a vida do Instituto: referindo-se aos oradores que o precederam e especialmente
ao conferencista, Des. André Vidal de Araújo; Dr. Mário Jorge do Couto Lopes; o
representante do Comando da Força Federal no Amazonas; Dr. Gilvandro Raposo da Câmara;
Sr. Venâncio Igrejas Lopes e a todos que se fizeram presentes a uma festa tão
bonita, classificando a festa de ouro em que o Instituto iniciava os festejos
também de ouro do seu cinquentenário, como também a conferência e o
conferencista, homem de dotes aprimorados de inteligência e cultura.
Por fim, fez uso da
palavra o representante do Sr. Governador do Estado, agradecendo as deferências
recebidas, registrando seu entusiasmo pelo alevantamento daquele sodalício,
finda a qual, o desembargador Presidente encerrou a sessão demorando-se ainda
os presentes na visitação das dependências do IGHA, tendo para nós outros
palavras de carinho, e respeito e admiração a imponência das festividades e da
“Casa da Memória Amazonense”.
Não foram em vão as
noites de vigílias, as intranquilidades e os receios de que fosse o nosso
trabalho julgado à altura do que realizamos para bem servir a este Estado.
Todo iluminado, o
Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas reviveu, como nunca os velhos
tempos... Vimos passar na nossa mente, os vultos que ali pontificaram e
cantaram hinos de glórias e de aleluias, para que nós, o povo que tudo vê,
anota e observa pudéssemos reverenciar as memórias daqueles abnegados
estudiosos...
Sentimos também as
ausências dos mestres hoje vivos, para que rendêssemos, como é devido, as
nossas homenagens nas venerandas figuras de Agnelo Bittencourt e Manoel Anísio
Jobim, que o tempo os impossibilitou de estarem presentes e repartindo com nós
outros, as alegrias e as homenagens deste glorioso cinquentenário da “Casa de
Memória Amazonense”...
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