Roberto Mendonça |
Abro aqui um espaço
para uma justa publicidade do governo do Estado que, através da Secretaria de
Cultura, vem ativando ousados projetos
no Amazonas: (1) a organização de uma orquestra filarmônica, composta
basicamente por músicos estrangeiros, com destaque para os oriundos do leste
europeu; (2) a criação do Festival de
Operas, que já se encontra no sexto ano consecutivo de atividade; (3) a
presença dos músicos ensejou o ensino de música e a prática de instrumentos
para jovens; (4) a criação de alguns teatros menores, distintos do exuberante
Teatro Amazonas; (5) a instalação de uma Biblioteca Virtual com obras de referência
da historiografia amazonense, a ser implantada na Internet, sob o gerenciamento
do IGHA, e, finalmente, (6) a aquisição e inauguração, no próximo dia 6 de
novembro, da biblioteca particular do professor Arthur Cézar Ferreira Reis, que
integrou por anos a diretoria do IHG Brasileiro.
Assim, pois, a Casa de
Bernardo Ramos tem usufruído deste desenvolvimento cultural que perpassa o
Estado. A biblioteca Ramayana de
Chevalier, que acabo de mencionar, foi entregue a especialistas para que
ultimem a sua recuperação. Ao final do trabalho, que deve ocorrer antes do ano
novo, a mesma será disposta ao público devidamente informatizada. Para tanto,
já foram adquiridos microcomputadores e acessórios bastante para a modernização
do esforço bibliográfico.
Há ainda na Casa toda
uma operação para digitalizar e/ou digitar os clássicos arquivos,
transmudando-os em dados informatizados. Da mesma maneira, os arquivos de
fotografias e as Atas de diferentes épocas brevemente estarão disponíveis em Cd
Rom.
Todo este esforço se
fundamenta na crença de que as ferramentas da Informática devem ser utilizadas
em nossos Institutos, se quisermos avançar. Penso que a legislação que nos
norteia ainda tem um sentido regencial, memória imperial. Penso que
proximamente os sócios correspondentes serão substituídos por sócios
internautas; afinal, não mais se indaga pelo endereço postal, mas pelo e-mail,
o endereço eletrônico.
Senhor Presidente:
A descrição sucinta de
toda esta situação vivenciada pelo Instituto Amazonense visa caracterizar a
situação de desconforto financeiro que acomete a maioria dos congêneres. É
preciso, pois, insurgir-se com categoria. A aquisição de micros, que tantos nos
interessa, vem sendo financiada pelos governos aos particulares. Que razões nos
obstam, nos bloqueiam para aproveitarmos tais ofertas? Não cabe aqui pensar em
terceirizar algum serviço prestado pelos Institutos, como a exploração de
museu, quando teríamos uma melhor apresentação e obtenção de recursos de alguma
forma.
Breve, no IGHA, quando
tivermos inaugurado os serviços almejados, e obtido algum sucesso, avançaremos
para estender nossa credibilidade. Alcançado este objetivo, será momento de
buscar novas doações, utilizando, para tanto, a mídia estatal.
Desejo satisfazer
neste espaço outro questionamento proposto: o do relacionamento com a
Universidade. Para ser bem prático, o IGHA não abriga entre os seus sócios
efetivos nenhum graduado em História ou Geografia. Que contrassenso! A
consternação nesta ocasião não é total, porque acabamos de aprovar o ingresso
de dois candidatos com estes atributos, na esperança de, em curto tempo,
contornar o precário diálogo existente entre estes organismos.
Também estou
inteiramente de acordo com o aproveitamento da legislação das Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Por assim entender, nossa
instituição vem envidando esforços, organizando os documentos pertinentes para
a obtenção do registro.
Que sejam as
derradeiras palavras desta Comunicação do Instituto
Geográfico e Histórico do Amazonas, de saudação, repletas de amazonicidade,
aos presentes e, em particular, a todos quantos organizaram este Colóquio. E de
estímulo, aos que se entusiasmam em congregar em diferentes pontos do País os
dirigentes dos Institutos Históricos. Qualquer que seja a dimensão do Encontro,
caríssimo presidente do IHG Paraibano, confrade Luis Hugo Guimarães, sempre
resultará em melhoramentos.
Com meu fraterno
abraço amazônico, muito obrigado!
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