Alfaiataria Demasi- detalhe da contracapa |
A justificativa da empresa municipal para a
produção deste livro, veio registrada pelo presidente do Conselho Municipal de
Cultura, Márcio Souza. Escreveu ele que os membros deste Conselho, “por
unanimidade, aprovaram direcionar todos os recursos para um só objetivo: a memória
da cultura de Manaus”. Dessa maneira, o projeto tomou o nome geral de “Memória
Reencontrada”.
O advogado Geraldo Demasi integra uma distinguida
família italiana, cujo patriarca desembarcou no final do século XIX em Manaus. Demasi
trabalhou cerca de dez anos para completar seu livro, explicando aos seus e, agora,
aos amazonenses os motivos dessa mudança. Tanto que o autor dedicou sua obra aos
seus “bravos e honrados antepassados” nos dois ramos genealógicos.
Apreciei o livro do Demasi, a quem conheci na
Faculdade de Direito. Acredito que abrirá as portas para que outros estudiosos lembrem
outros imigrantes, pois esse é o interesse do Conselho. Aproveito para falar
por mim, filho de peruano que chegou nesse rincão aos dez anos, em 1927. Morreu
em maio passado, aos 98 anos. Deixou-me boas e intrigantes histórias, algumas já
relatadas nesse espaço. Vou prosseguir, lembrando outras figuras do Peru que
por aqui passaram.
Demasi é conhecer de cinema, dessa maneira, não
me intriguei com o relato dele sobre o “cine Bijou” e outro de nome Hervet, tido
“como o primeiro a ser montado no Brasil”. Todavia, vou recorrer ao amigo Ed
Lincon, que possui a descrição de todos os cinemas de Manaus, para que me
atualize ou que Ed se atualize.
Outra questão trivial diz respeito ao
sobrenome de dois camaradas do quartel da Polícia Militar. Os coronéis Assante (falecido)
e Alfaia consideram-se como oriundi.
De fato, encontrei um Assanti, mas Alfaia ali não se encontra.
Apesar dos detalhes, o livro sobre os Italianos em Manaus merece uma leitura. Vamos
encontrar nele uma gama de informações sobre a Manaus antiga, do modo de vida e
dos divertimentos, as mesas fartas e os concertos domésticos, e outros detalhes
surpreendentes.
Para quem foi à festa da Manauscult, o livro
saiu na “camaradagem”.
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