Prosseguindo com a exposição, relaciono o terceiro e o quarto comandantes-gerais da Polícia Militar do Amazonas, os dois são naturais da então província do Pará e da reserva do Exército.
3. Silvério
José Nery, major
reformado do Exército | 1878
Major Silvério Nery, na ilustração de Ed Lincon. |
Natural do Pará, nascido em c.1818, era filho do capitão do Exército Marcelino José Nery e de Maria Madalena
dos Prazeres; casado com Maria Antony, tornou-se o genitor dos governadores
Silvério José Nery (1900-04) e Constantino Nery (1904-07) e avô do interventor
federal Júlio Nery (1945) e do governador Paulo Nery (1982).
Incluído no Exército em
junho de 1836, ao tempo da Cabanagem, alcançou o oficialato em agosto de 1853, quando
promovido a alferes. Sendo capitão, e participante da Guerra do Paraguai, ali
foi ferido gravemente, do que resultou a reforma no posto imediato em 30 de
novembro de 1871.
Nomeado em 19 de
fevereiro para comandar a Guarda Policial, expediu um Relatório ao presidente
Maracaju, em julho, pormenorizando a corporação sobre seu comando. Pouco mais se
conhece deste comandante, somente que em 25 de outubro estava acamado, sendo
substituído pelo interino, capitão da Guarda Policial Aristides Augusto Cesar
Pires (tenente de Voluntários da Pátria).
Todavia, dois dias depois veio a falecer. Desse modo, tornou-se o único
comandante-geral a morrer no exercício da função, até a presente data.
4. Manoel
Geraldo do Carmo Barros, tenente-coronel
reformado do Exército | 1878-79
Outro natural de Belém – PA, nascido em 1820. Nomeado a 5 de novembro,
portanto logo após a morte do major Nery, Barros somente tomou posse do comando
a 2 de dezembro de 1878. Nos livros de assentamentos encontram-se unicamente a referida
entrada e o motivo do seu desligamento em 1º de dezembro de 1879.
Barros deixou
a Guarda Policial do Amazonas para comandar a Fortaleza da Barra na cidade de
Santos, na província de São Paulo.
Sem indicação do fundamento,
há registro de que foi substituído (interinamente) pelo capitão GP Aristides Augusto César Pires, no
período de 15 de fevereiro a 6 de março de 1879. Enfim, quando de sua
exoneração, novamente assume o capitão César Pires que, em idêntica condição,
prossegue até maio imediato.
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