1.
João José
de Aguiar, civil (posto de major) | 1879
Natural
do Ceará, nascido em 16 de junho de 1840
Consoante
a Portaria nº 162, de 19 de maio de 1879, foi nomeado comandante da Guarda
Policial, comissionado no posto de major. Seguramente era civil, portanto,
tornou-se o primeiro paisano a exercer esta função.
Em 1ºde
julho, a presidência mediante a Portaria nº 882, e atendendo resolução da Lei
nº 484, da mesma data, rebaixa ao posto de capitão o exercício do comando da
Guarda. Desse modo, o capitão Aguiar continua no comando.
No
entanto, em 16 de julho – 67 dias depois da posse – a Guarda Policial tem novo
comandante. Os motivos para tão exíguo período na função foram explicados pelo
presidente Sátiro de Oliveira Dias, em Falla
de outubro do mesmo ano.
2.
Aristides
Augusto César Pires, tenente de Voluntários
| 1880-81
Natural
da Bahia, nascido em 1845
César
Pires tornou-se capitão ao ingressar na Guarda Policial em 23 de maio de 1878.
Participante da Guerra do Paraguai como Voluntário da Pátria teve dois prêmios:
a patente de tenente honorário do Exército, conforme decreto de 24 de agosto de
1870. (Por isso, a razão do epíteto de voluntários.)
O segundo, a condecoração com a Ordem da Rosa, no grau de cavaleiro. Em Manaus,
pertenceu à loja maçônica Amazonas.
Não há informação de quando deixou a corporação, mas há assentamento de que, em
1888, era Tabelião em Mamoré (possivelmente na confluência dos rios
Madeira-Mamoré).
Foi empossado em 27 de julho e exonerado em 6 de
dezembro do ano seguinte. Até a ocorrência da posse do sucessor, houve dois
comandantes interinos: Joaquim de Paula Ferreira Chaves, alferes honorário do
Exército, em dois períodos (primeiro, 6 de dezembro a 31 de janeiro de 1882 e,
segundo, 4 de fevereiro a 10 de março do mesmo ano); o outro foi Antônio Nunes
Sarmento, alferes da Guarda, natural de Fortaleza (CE), nos quatro primeiros
dias de fevereiro.
Tabela de vencimentos da Guarda Policial, 1883 |
3. João
Manoel Dias, tenente do Exército | 1882-84
Natural
do Rio de Janeiro, nascido em 19 de março de 1826, filho de João Manoel Dias.
Ingressou
no Exército como praça, aos 18 anos, no 1º Batalhão de Artilharia, em sua
cidade natal. Alcançou o oficialato como alferes, em 1856 e, três anos depois,
foi transferido para a Guarnição do Amazonas, onde serviu até maio de 1863.
Antes de vir para Manaus, participou da Campanha do Uruguai (1852) e da
Expedição ao Rio Grande do Sul, entre agosto de 1851 e abril seguinte.
A meu
ver, apesar do longo prazo desde seu desligamento do Exército, quase vinte anos
depois, tenente Dias permaneceu residindo em Manaus. Tanto que, sem muita
tardança o governo provincial o empossou no comando da Guarda. Assim, foi
nomeado capitão comandante da Guarda Policial em 9 de março de 1882, dias antes
de assumir o comando.
Em 5 de
julho de 1884, escreveu significativo documento sobre a corporação, que foi
encartado ao Relatório do presidente Teodoreto Souto, com o qual este
transmitiu a presidência ao sucessor.
Capitão
Manoel Dias deixou a administração da Guarda, sem notícia de qualquer
afastamento, em 17 de julho de 1884, depois que foi reformado a 11 do mesmo
mês.
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