CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, julho 12, 2010

POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS (XVII)

  •  Companhia de Polícia de Rádio Patrulha – Cia P RP
Na metade do século passado, a Polícia Militar do Amazonas inovou com sucesso ao adotar o policiamento em dupla, celebrizado por Cosme e Damião. A iniciativa ocorreu no comando do coronel Cleto Veras, que fora nomeado pelo governador Plinio Coelho (1955-1959).
Para melhor desempenho do policiamento, foi escolhido um pessoal mais destacado, tanto em estatura quanto em apresentação pessoal. A corporação também caprichou no uniforme.

A Crítica, 25.08.1956
Essas providências trouxeram bons resultados. Instalado em 25 de agosto de 1956, logo o Cosme e Damião tomou conta do centro da cidade. Claro, porque as ocorrências de então estavam concentradas nesta área. E restritas a “bater carteiras”, a jogos de azar e pouco mais.
Este comandante foi substituido, mas o policiamento prosperou. No início da década de 1960, passou ao controle do Grupamento de Policiamento Ostensivo, sob o comando do saudoso major Nathan Lamego de Oliveira.


Em 1966, quando cheguei na Polícia Militar, encontrei o Cosme e Damião sob a referida estrutura, mas ainda prestando bons serviços e trazendo bons resultados.
A capital amazonense, nessa ocasião, já sentia a pujança do comércio da Zona Franca, espalhado pelo centro comercial. A polícia necessitava ampliar, fortalecer esse tipo de policiamento. Levou algum tempo, mas a mudança aconteceu em junho de 1972, quando o coronel Paulo Figueiredo inaugurou a Companhia de Rádio Patrulha, sob o comando do capitão Fausto Seffair Ventura (foto).


Era constituída de prosaicos automóveis VW, os simpáticos Fuscas, operados por dois patrulheiros e dotados de um sistema de rádio bem elementar. O quartel primitivo estava localizado na av. Duque de Caxias, ao lado da Maternidade Balbina Mestrinho (na ocasião, mudado para Ana Nery). Ocupava um aquartelamento bem simples, elaborado na prancheta do próprio comandante Figueiredo.

Quartel da Rádio Patrulha, av. Duque de Caxias, em 1975

Desaparecia assim o Cosme e Damião, que o coronel Antonio Guedes Brandão ressuscitou e, em nossos dias, segue prestando serviços. Mas, a Rádio Patrulha era o “bicho”, resolvia com mais presteza os problemas que o Centro de Operações (Cop) coordenava. Era temida, como pudesse ocupar o território de nossa cidade. Com o tempo, perdeu seu entusiasmo e, apesar de novos e mais possantes veículos, foi substituida.

A Crítica, 27 jan. 1980
Em 1977, mudou-se para o quartel existente na rua Dr. Machado, nos fundos da mesma maternidade, com ligação com o quartel anterior. Enfim, a evolução da cidade exigiu mais força no policiamento. A Rádio Patrulha foi extinta em março de 1988, sob o comando do major Wilde de Azevedo Bentes. Neste quartel, em nossos dias, encontra-se aquartelado o RAIO.


Relação de todos os comandantes da Companhia de Rádio Patrulha:

capitão Fausto Seffair Ventura ?/06/1972
capitão Mael Rodrigues de Sá 15/10/1973
major Ruy Freire de Carvalho 07/02/1974
major Amilcar da Silva Ferreira 29/01/1976
major Mael Rodrigues de Sá 18/02/1977

Sede – Rua Dr. Machado
major Manoel Roberto Lima de Mendonça 1º/02/1978
major Alfredo Assante Dias 6/03/1979
major Romeu Pimenta de Medeiros Filho 10/04/1980
major Edval Correa da Fonseca 09/09/1981
major Jétero Silva de Menezes 28/06/1983
major Edmilson da Silva Nascimento 20/02/1986
major Manoel dos Santos Araújo 12/05/1986
capitão Fernando Antônio Andrade Oliveira 4/07/1986
major Manoel dos Santos Araújo 18/02/1987
major Wilde de Azevedo Bentes 25/03/1987

Um comentário:

  1. Coronel Roberto,
    Parabéns pelo blog, é simples e informativo. Continue catando letras e escrevendo histórias, e eu continuarei lendo e aprendendo um pouco mais. Obrigada por me dar o prazer de saber mais da história do meu Pai.
    Abraços,

    Margarida A. de Sá

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