Conheci Wallace em 1983, quando sua saudosa mãe procurou o Governador Mestrinho para socorrer o filho. Era gravíssima a parada: Wallace estava condenado a ser excluído da Polícia Civil. Não sei se Mestrinho não quis ou não desejou ajudar aquela mãe. A Polícia executou a pena, Wallace perdeu o emprego.
Adiante, conheci o Carlos (Kalau, para os amigos e familiares), quando casou com a Juraci, que é filha de Jandira Macedo (morta ano passado), esta minha prima.
Lembro-me, então, de quando o Carlos começou na TV, com um programa vespertina, que buscava explorar os fatos mais nebulosos. Um dos primeiros, nem sei se o primeiro, mas foi o mais apelativo, devido a presença de um coronel da Polícia Militar. Cavalcanti havia sido exonerado da chefia da Casa Militar pelo governador Gilberto Mestrinho, por isso, estava com o Boto atravessado na garganta.
Na entrevista, aproveitou para explicar a exoneração e ameaçar aquele mandatário. A reação do governador veio a galope e com rigidez. Determinou ao comandante da PM que punisse o coronel falador por 30 dias. Um mês de cadeia. A punição foi cumprida no quartel da Praça da Polícia, que viu o constante entra e sai dos amigos do coronel preso.
Logo tivemos eleições, e Cavalcanti aproveitou a motivação para se candidatar. Fez quatro pronunciamentos no horário político, uma viagem pelo interior, mas até o município de Autazes, até onde seu automovel chegara.
Bom. Carlos também cesceu na política. Levou o irmão Wallace junto. Aproveitou-se da polícia, que o apoiava descaradamente. Penso que o falecido "xerife da cidade" muito colaborou com os irmãos Souza. A truculência com que tratava os moradores da periféria, jogava estes para os programa "mundo cão", dando audiência e recordes de votos.
Acabou, Wallace, que você possa descansar em paz.
Aspecto do velório de Wallace Souza, no CEL Zezão, na Zona Leste
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