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terça-feira, março 14, 2023

PMAM: SEUS PRIMÓRDIOS (22)

 Dando sequência aos fatos sobre a história da Guarda Policial, hoje Polícia Militar do Amazonas, no período provincial, compartilho novo tópico do meu almejado livro Guarda Policial (1837-1889).

Primeiro comandante

Em 1º de maio de 1876, é nomeado o primeiro comandante da Guarda Policial. Trata-se de Severino Eusébio Cordeiro, tenente reformado do Exército, comissionado no posto de major da Guarda. Nascido no Pará em 1816, Cordeiro assenta praça no Exército em 1833, às vésperas da tomada de Belém pelos cabanos. Por isso, largo tempo de seu exercício militar passa combatendo os revoltosos.

Esteve destacado no Maranhão (1842); em Santarém (1847) e Itaituba (1848), cidades paraenses. Foi desligado da guarnição da província do Pará, em 28 de novembro de 1851, transferido para a do Amazonas. Em dezembro, viaja para Manaus na comitiva do presidente Tenreiro Aranha, empossado em 1º de janeiro de 1852. 

Tenreiro Aranha, 
1º presidente da Província


No dia seguinte, Cordeiro é “nomeado ajudante de ordens do Presidente, do Expediente e do Detalhe Militar”. Contava somente 19 anos de serviço (1833-52) quando foi reformado 1º tenente, em 25 de setembro de 1852, para aproveitar benefícios legais. Permanece em Manaus, servindo à presidência.

E foi longo o tempo de residência, razão pela qual foi alcançado para reerguer a Guarda Policial do Amazonas. Possuía 60 anos. Quão intensamente os nossos antecessores já cultuaram este oficial, durante quase um século atribuíram-lhe a primazia de ser o primeiro comandante da Polícia Militar. A Síntese histórica de 1972, porém, alcançou-o drasticamente e, com ou sem fundamento, cassando-lhe a prerrogativa.


Na mesma ocasião, é nomeado seu ajudante, Marcelo José Pereira Guimarães, no posto de tenente. Nascido em Manaus, torna-se o primeiro oficial da novel instituição, penso que se trata de filho do major Gabriel Guimarães (patrono de uma rua no Centro Histórico), que era o 2º vice-presidente da Província e, nesse interregno, substituía o titular. O tenente permanece pouco tempo na instituição, talvez por esse fato, são raros seus registros corporativos.


Destes comandantes, lamentavelmente, não há registros fotográficos.

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