Aconteceu hoje, pelas seis da tarde o lançamento do livro de José Seráfico. Ele próprio lembrou as agruras de um 31 de março, ou melhor, 1º abril, que marcou o país há 59 anos. Estive presente ao evento na sede da OAB-AM, e recolhi meu exemplar com a marca do autor.
A personalidade do mestre José Seráfico compõe o anexo debruado
pela capa, que intitulamos de “orelha”. Dela, pois, compartilhei o texto seguinte.
Convite para o evento |
Inscrito na OAB-PA em 1964 como solicitador, desde 1976 José Seráfico
tem inscrição na seccional do Amazonas. Diplomado na turma Alceu Amoroso Lima,
de 1965 (UFPA), antes de concluir o curso de Direito já frequentava as
redações. De jornal, rádio e televisão. A primeira manifestação de seu gosto
pelas letras e redações deu-se em 1954. Nesse ano, criou com um colega um jornalzinho
manuscrito, com um só exemplar, na segunda série ginasial do Colégio Estadual
Paes de Carvalho.
Tem sido intensa e extensa a participação do autor nas comunicações
sociais, que já renderam a produção de perto de vinte livros e cerca de três
mil outros textos, publicados em diversos diários e periódicos, muitos deles
integrando antologias de poemas e contos; outros em revistas especializadas —
em Administração (FGV/RAP; FES/UFAM), Amazônia (EDUA/UFAM), Altos Estudos
(IPEA-USP), dentre outras. Foi copy-desk do Jornal do Dia, de
Belém (1961/1964); editorialista de A Crítica, de Manaus (por cerca de
20 anos); articulista semanal desse mesmo jornal, há mais de 50 anos; e de O
Liberal, de Belém (2003-2015); também escreveu editoriais para A Voz do
Advogado (OAB-AM). A militância na advocacia, iniciada quando ainda cursava
a segunda série do curso de Direito, foi mais intensamente exercida nos
primeiros anos pós-formatura.
Seráfico autografa meu exemplar |
Ingressando no magistério da Universidade Federal do Amazonas (1968), o
autor foi docente da Faculdade de Estudos Sociais/Departamento de
Administração. A experiência no magistério fê-lo escrever e ver publicados três
dos livros de sua autoria: Reflexões de um eterno aprendiz (EDUA/UFAM,
1995), Métodos e técnicas de pesquisa aplicados à administração (EDUA,
1996) e A administração, como funciona (Valer, Manaus, 2000).
José Seráfico reteve e mantém uma lição que aprendeu e vê esquecida
pelos que se admitem operadores do Direito: o princípio do contraditório. Princípio
que o autor entende fundamento da própria democracia e que ele induz em uma
singela frase, de algum modo inspirada por Voltaire: Penso ter razão, mas
admito que as razões do outro são melhores que as minhas. Daí o conceito de
democracia que permite inteligente convivência democrática. Em tempos que ele
mesmo põe em dúvida se voltarão.
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