CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, agosto 12, 2010

Revolução ginasiana - 1930

A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980

Os protagonistas desta cena memorável, certamente já prestaram contas com o Altissimo. Acredito que o último deles foi o professor Mário Ypiranga Monteiro, morto há cinco anos.

A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980

Hoje - 12 de agosto - o movimento de rebeldia realizado pelos estudantes do Ginásio Amazonense, em 1930, completa 80 anos, marcando a história revolucionária do Amazonas. Este conflito, bem regional, prosperou na esteira de outro bem mais revolucionário, que acabou por substituir o presidente da República. O resto da história, nós conhecemos com profundidade.

Dois estudantes de então - Armando Segadilha e Ney Rayol - na comemoração das bodas de ouro, narram com detalhes o motim. Embora esqueçam alguns fatos e supervalorizem outros, culpam eles à velhice, os textos oferecem a dimensão do empenho juvenil, que, apoiado por mestres do Ginásio, obteve a seu modo consagradora vitória.
Não pode ser esquecido outro ginasiano competente, que contou em livro a rebelião: trata-se do saudoso Mário Ypiranga, autor de Motim Ginasiano.

Vitoriosos, em novembro, com a posse de Getúlio Vargas, os ginasianos ocuparam a porta do Palácio Rio Negro para exigir a saida do Governador, Dorval Pires Porto. E mais, caçaram aos policiais civis que integraram a repressão de agosto.
Segadilha relembra que empossado Vargas, em Manaus, desapareceu a Polícia Militar. E, nessa condição, Manaus foi "policiada" pelos estudantes. Deve ter sido um primor de Cidade.
Há 50 anos ainda havia quem fosse à Igreja para rezar por aqueles "jovens" entusiasmados. Hoje, nada haverá. Fica aqui o registro.

A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980


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