A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980
A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980
Dois estudantes de então - Armando Segadilha e Ney Rayol - na comemoração das bodas de ouro, narram com detalhes o motim. Embora esqueçam alguns fatos e supervalorizem outros, culpam eles à velhice, os textos oferecem a dimensão do empenho juvenil, que, apoiado por mestres do Ginásio, obteve a seu modo consagradora vitória.
Não pode ser esquecido outro ginasiano competente, que contou em livro a rebelião: trata-se do saudoso Mário Ypiranga, autor de Motim Ginasiano.
Vitoriosos, em novembro, com a posse de Getúlio Vargas, os ginasianos ocuparam a porta do Palácio Rio Negro para exigir a saida do Governador, Dorval Pires Porto. E mais, caçaram aos policiais civis que integraram a repressão de agosto.
Segadilha relembra que empossado Vargas, em Manaus, desapareceu a Polícia Militar. E, nessa condição, Manaus foi "policiada" pelos estudantes. Deve ter sido um primor de Cidade.
Há 50 anos ainda havia quem fosse à Igreja para rezar por aqueles "jovens" entusiasmados. Hoje, nada haverá. Fica aqui o registro.
A Crítica. Manaus, 11 agosto 1980
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