Para esta assembleia, o governador Mestrinho preparou um longo memorial, com as Reivindicações do Amazonas. Entre outras exigências, tratou de moradia popular para desativar a Cidade Flutuante, situada em frente a Manaus.
Visão aérea da "Cidade Flutuante" e um mapa da situação (abaixo) |
Sob o título de habitações populares, GM solicitava recursos para “a construção de 500 casas destinadas a outras tantas famílias residentes em habitações acumuladas, sob a forma geral de ‘flutuantes’, sobre as águas que contornam a cidade de Manaus”.
Na justificativa, GM delineava “o aspecto médico-social constituído pela habitação chamada “flutuante”, misturada à outra, palafítica, sempre em aglomerados distribuídos às margens e sobre as águas que cercam e semicruzam a cidade de Manaus”.
Ainda para consolidar a exposição, acusou a existência de 1.389 habitações, distribuídas dessa maneira: 1.260 residências; 83 pontos de comércio e 46 mistos (comércio e pequenas oficinas). Outro detalhe relevante: a predominância entre os ocupantes de pessoas reconhecidamente pobres, vivendo nas “piores condições de saúde”.
Aspectos da "cidade" onde as piores condições se reuniam |
Nas casas precárias, a convivência de pessoas e animais |
Crianças "divertiam-se" nas águas poluídas |
Para os mais jovens, esta “cidade” desapareceu cinco anos depois, no governo de Arthur Reis, o primeiro governante do Regime Militar no Amazonas.
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