CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quarta-feira, fevereiro 17, 2021

A VOLTA DO MEU EXÍLIO

Ao final do ano passado, combinei com a família uma viagem de férias, dividida em duas equipes. Coisa de dez dias, em visita ao Sul do país, começando na Capital Federal. No entanto, no início deste ano a pandemia promovida pela Covid-19 violentou a capital amazonense. Ainda assim, fomos em frente.

Em visita a Esplanada dos
Ministérios, com o Congresso, ao 
fundo

Iniciei em Brasília revendo as filhas e os netos. Passei pelo hospital da Ceilândia, onde fui testado e negativado. Três dias depois prossegui, conforme combinado, para Curitiba. Em seguida, encontrei a outra turma em Telêmaco Borba, cidade no norte paranaense, às margens do rio Tibagi, que abriga uma enorme fábrica de papel da Klabin.

Como minha ausência de Manaus estava prevista para dez dias, cuidei de incorporar à bagagem material que pudesse postar neste blog. Justamente sabendo que se instalar em outra residência, ainda que familiar, ou hotel, os bloqueios são inevitáveis. E isso aconteceu.

Tudo decorreu conforme planejado até o retorno a Curitiba, quando se encerrava o passeio para o outro grupo. As más notícias de Manaus, porém, inquietavam, ao confirmar a presença de nova cepa da Covid-19 ou “variante de Manaus”, que se propagava pelo Brasil. Ao lado dessa desventura, ocorria a falência do sistema de saúde amazonense.

A outra equipe, conduzida por meu filho Eduardo, passeou pelo Sul inteiro, tendo iniciado e finalizado o roteiro na capital paranaense. Eduardo teve sintomas da moléstia e, como estive ao seu lado por dias, preocupei-me. Todavia, nada aconteceu a ele e a mim, ainda estamos ilesos diante da pandemia.

De Curitiba, eu e a filha Sofia seguimos para São Paulo, como programado, para uma estadia de cinco dias, quando voaríamos para Manaus. Porém isso não aconteceu em razão das dificuldades domésticas: minha esposa e outros dependentes foram acometidos pela moléstia; a minha idade, acima dos setenta anos; enfim, a situação calamitosa do serviço de saúde estadual.

Diante desse quadro negro somente me restou atender ao convite das filhas Valeria e Gabriela, e me “exilar” em Brasília, enquanto a situação do Amazonas estivesse em evidência, lamentavelmente, pelo caos sanitário. Embarcamos em São Paulo em viagem rodoviária que, não obstante ser intitulada de “leito”, foi péssima. Chegando, fomos ao hospital para um exame sobre a covid-19. Resultado: eu e a filha estávamos negativados.

Junto com a filha Sofia, em Brasília

Preparei-me para permanecer quinze dias no novo endereço, trocando a cada semana nas residências da família. Nada realizei, senão cumprir os mandamentos básicos do isolamento: máscara, álcool gel e nada de aglomeração. Com essa receita, e após a quarentena do pessoal em Manaus, nosso apartamento estava liberado. Retornamos dia 10, quarta-feira passada. Seguimos bem de saúde, porém respeitando as recomendações médicas.

Eis as razões que me levaram ao afastaram do Blog.

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