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terça-feira, abril 25, 2017

CENTENÁRIO DE FRANCISCA LIMA

Francisca Lima, aos 25 anos
Em homenagem ao centenário de nascimento de Francisca Lima Mendonça, minha saudosa mãe, publico uma série de notas para contar sua curta existência.


No próximo dia 28, completaria seu centenário de nascimento Francisca Pereira Lima, a qual, casada com Manoel Mendonça, tomou este sobrenome. Nascida em 1917, viveu muito pouco, apenas 35 anos, quando foi vitimada por uma tuberculose. Francisca ou Chicuta foi minha mãe.

Nasceu no Anveres, um pedaço de terra e muitas águas, hoje integrante do município do Careiro da Várzea, e morreu no bairro de Educandos, quando este era conhecido por Constantinópolis, morando ao lado do Cine Vitória, em construção.

Seus pais vieram do Ceará, atraídos pela riqueza da borracha, ao final do século XIX. Seu pai Vicente, estando viúvo, casou-se com a jovem Adelaide, de cujo enlace nasceram oito filhos, sendo Francisca a caçula.

A proximidade da capital atraía os moradores das cercanias. Para isso, os careirenses utilizavam o barco Xiborena para, no reboque, alcançar a cidade. E assim, entre tantas travessias do rio Negro, os Lima foram ficando. Em especial, as mulheres (Raimunda, Maria e Francisca).

Morto seu Vicente, a viúva tomou conta da propriedade familiar, até que grave enfermidade a obrigou dona Adelaide a se mudar para a rua Jonatas Pedrosa. Neste endereço, teve a companhia da filha mais nova, que se tornou a cuidadora da mãe. Morta Adelaide, em 1940, Francisca já com 23 anos foi à luta, em busca do sustento.

Encontrou emprego como balconista na Fábrica Bijou, que funcionou na avenida Sete de Setembro, em frente à Praça da Polícia. No local, encontrou-se com Manuel Mendonça, subgerente da Casa, oriundo do Peru e ainda solteiro.


Conversa vai e vem, engataram o namoro. No estágio seguinte, estavam noivos, porém a família da noiva não aceitava o pretendente. Tentando consertar a questão, Manuel afasta-se de Manaus, aventurando-se em um seringal, movimentado por ocasião da II Guerra. Deu-se mal e, dessa maneira, retornou para a amada. (segue)

Mendoza, assinava Mendonça quando do casamento com Francisca


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