CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS
segunda-feira, janeiro 16, 2017
CENTENÁRIO DO IGHA
Logo mais,
em 25 de março, celebra-se o centenário do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas
(IGHA), a entidade em atividade mais antiga do Estado. Agora, sob nova direção,
diretoria que foi aplaudida no final do ano findo. Há 22 anos, detenho nesta agremiação
a Cadeira XXIV do patrono frei Gaspar da Madre de Deus.
A Casa de Bernardo Ramos, assim nomeada em
homenagem a um dos fundadores e seu primeiro presidente, tem muito a contar
nesta passagem do tempo. Sobre o edifício-sede que recebeu do Estado nos
primeiros dias de existência, e que conserva com certa dedicação, apesar dos
achaques da idade secular, situado no Centro Histórico, em área bastante
degradada.
Cópia do
Instituto Histórico Brasileiro, o estadual já teve sua importância cultural
respeitada ao menos durante a metade de sua idade. Antes da existência da
Universidade e demais órgãos federais responsáveis pelo patrimônio, era o IGHA sempre
convidado a opinar sobre esse segmento. Em nossos dias, trata-se de um “ilustre
ignorado”, que teima em se manter à vista para não soçobrar.
Prossegue
repetindo suas tertúlias literárias em ambiente pouco atraente e desconfortável,
pois as cadeiras do Salão de Honra são oriundas de uma reforma do Teatro
Amazonas. Conserva um museu canhestro ou pouco explorado, dado que não dispõe
de único guia. Na verdade, sem funcionários efetivos não se sabe como funciona
o IGHA.
A Biblioteca
Ramayana de Chevalier necessita de
vigorosa atualização, apesar de ter seu acervo sob relativo controle do computador.
Sofre de desatualização e de quem a cuide com desvelo. Repito, não existe um
profissional sequer para esse mister.
Bem verdade
que o Instituto já superou etapas bem mais aflitivas. O sócio Antonio Loureiro
acaba de transferir a presidência para a associada Marilene Correia. Em sua
gestão conseguiu estabilizar o Caixa, operando com o cofre longe (não muito) do
vermelho. Organizou o lançamento de alguns números da Revista do IGHA e, com tal, quase atualizou a coleção. Aumentou o
número de cadeiras, buscando alcançar mais associados, quem de fato queira
compartilhar com essa associação.
O IGHA
resiste, amparado por recursos financeiros do Estado, via Secretaria de
Cultura. Porém, este canal de recursos secou com a crise que se espalha pelo
país. E, dessa maneira, o festejo do centenário está seriamente ameaçado.
Deus salve o
IGHA e a nova Presidente!
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Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas
A minha intenção é reproduzir os velhos acontecimentos que produzem a história do Amazonas. Por isso, considero-me um experto catador de papeis antigos.
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