Começando muito antes, para situar a comédia. Há quase um século, o igarapé dos Remédio foi aterrado, resultando na edificação da avenida Getúlio Vargas e parte da Floriano Peixoto. As águas da chuva corriam em direção ao quartel da Praça da Polícia construído à margem deste igarapé, que já existia desde 1890. Para ingressar no aquartelamento havia, nos fundos, um portão, que pouco protegia quando o toró era amazônico.
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| Detalhe do aterramento do igarapé, nas cercanias da rua Saldanha Marinho. Crédito: Manaus na História |
Ainda no século passado, há 50 anos, o prefeito Jorge Teixeira (1975-79), ao reordenar a circulação de veículos nos imediações do quartel, fez destruir a Praça Ribeiro Junior ali existente. Para proteger o quartel da invasão de águas pluviais, mandou assentar uma viga de concreto (foto) na extensão da artéria, que em nada contribuiu. Ao contrário...
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| 👆Policiais carregam uma bomba sobre a viga de concreto, tentando resolver o alagamento - 1980👇 |
Agora, à lenda disseminada na Polícia Militar. Em um dos tantos alagamentos, a água alcançou um depósito que servia de "arquivo" para certa documentação, em especial, diário oficial. Após o dilúvio, o material inservível foi descartado. Daí surgiu a explicação para quando qualquer documento não era encontrado: a enchente levou, destruiu. Ainda no corrente ano, pessoalmente fui informado por um oficial bem jovem, servindo no quartel de Petrópolis, que o material que eu buscava havia desaparecido naquela "alagação". Desse modo, a lenda segue viva!

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