Lembrança distribuída por ocasião do 7º dia |
Ainda encontro amigos e, eventualmente, familiares que perguntam por você, apesar de passados quatro anos de sua morte. As explicações, claro, vão se diluindo com o tempo. A dor anestesia e a gente, para tocar a vida, vive. Sempre pensando em fazer algo que lembre o morto querido.
Falo de meu filho - Roberto Souza Mendonça - falecido em 1º de outubro, aos 34 anos. Era um domingo. E, nesse dia, os brasileiros acorriam às urnas para escolher novos governantes. Também fui, votei com você, conforme combinamos.
Apesar de sua saúde em frangalhos, na véspera havia prestado um depoimento para o jornal Em Tempo, que no domingo me brindou com página inteira, falando do pleito. Permaneci com a página nas mãos, até que a enfiei no caixão que o guardou.
Sigo fazendo o que gosto, "catando papéis e escrevendo histórias", sub título de um blog que administro. Aqui e ali, encontro suas marcas, pois você muito me ajudou a cavocar as páginas amarelas de tantos arquivos. Me ajudou a fotografar, enfim, a produzir alguma coisa em prol da literatura regional.
Na última investida, saiba, fui mal sucedido: queria a cadeira 15 da Academia, mas não deu. A propósito, leia a postagem de ontem.
Logo mais a gente se encontra para uma conversa muda, que de vez em quando resulta em lágrimas.
lindo
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