Repassando o arquivo do extinto
jornal A Gazeta, encontrei uma coluna bem sugestiva: A cidade em foto,
onde a cada dia um detalhe singular era exibido. Nesta postagem reproduzo a
informação da edição de 20 de janeiro de 1964, dia comemorativo de São Sebastião,
que é exibido na Igreja e outras crenças caçado por flechas.Então, eu morava no Morro da
Liberdade, um bairro em formação. Lá estava o terreiro com o mastro que ilustra
a postagem. Era uma festa, de fato. Não conheço hoje onde se mantém a tradição.
-- O negócio começou há muitos séculos,
numa homenagem à Mãe Natureza. Cultuava-se a árvore, símbolo da fecundação. Não
sabemos como veio para o Amazonas, trazido por nossos avós, para se tornar no
ritual tão conhecido na capital e no interior do Estado, como a Festa do “Pau-do-Santo”,
que, na maioria, se divide em três comemorações. O levantamento, a derrubada e
o arranca-toco.
Os terreiros de Manaus estão hoje
celebrando o dia de São Sebastião, e há uma semana houve a “plantação do mastro”,
que esta noite será derrubado. É um ritual bonito, sendo constituída uma comissão,
integrada do juiz, mordomo etc. Os festeiros se organizam para a derrubada,
cabendo ao juiz a primeira a última machadadas. Muita bebida, muita comida, com
os tambores batendo, marcando o ritmo das danças. O mastro fica enfeitado, com
muitas frutas, devido à sua origem, dedicada à Natureza.
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