Existiu no terreno onde, em
nossos dias, predomina a maternidade Balbina Mestrinho o Piquete de Cavalaria. Criado
em 1897, aproveitava a riqueza do igarapé do Mestre Chico, porém, foi
desativado em 1942. A população manteve o nome do edifício na localidade, virou
um ponto de referência na Praça 14 de Janeiro. Em 1975, o piquete foi abaixo para
surgir um novo aquartelamento. Essa história com detalhes que conto logo mais.Em 4 de janeiro de 1964, o
jornal A Gazeta publicou a foto desta postagem com a legenda abaixo.
Foto colorizada artificialmente
ONDE SE VIVE DO PASSADO
A arquitetura faz lembrar um fortim do século passado. Esta [é] a primeira impressão que se tem ao olhá-lo. Tornando-se mais íntimos, pode-se imaginar tudo, menos o que é atualmente, uma espécie de cortiço ou estância como costumamos chamar onde moram várias famílias, sob a administração de um sargento reformado da Polícia Militar.
Aí foi o Piquete de Cavalaria
da briosa Força Policial, entregue antes de sua extinção à Guarda Civil. Foi daí,
ao que parece, que Dico Tavares saiu, na Terça-Feira de Carnaval de [19]35 para
a “batalha campal” da Avenida [Eduardo Ribeiro] onde houve tiros célebres com
mortos e feridos.
A Cavalaria respeitada e
temida, que fazia a ronda da cidade. Com seus homens de espada e revólver,
percorrendo as ruas à noite. E aos domingos, nos campos de futebol, combatendo os
furões. Muito sujeito realizado na vida que anda por aí levou boas carreiras da
cavalaria. Até algumas “espadadas”. Não havia valente que “topasse a parada”.
Depois, acabaram com Piquete.
Os cavalos comiam muito, e a despesa era enorme. E ficou apenas o prédio, guardando
milhões de recordações. Para gente simples, que gostava de andar a cavalo.
Quantos choraram ao ver o seu cavalo sendo puxado nas ruas por algum carvoeiro?
Mas o prédio ainda resiste e, recuperado, poderia ser útil para o serviço público.
Uma escola, por exemplo. Ou para a Delegacia de Trânsito, cujo prédio atual
teria muitas outras utilidades.
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