domingo, maio 11, 2025

POESIA PARA O DIA DAS MÃES

 Este domingo (11) de maio é assinalado para comemorar o Dia das Mães. Aproveito a oportunidade para retornar à atividade da qual me afastei, por moléstia própria e do computador. Para tanto, tomei emprestado ao saudoso poeta Álvaro Maia um seu poema para completar a festa. Segue com um descuido grave do pesquisador: a falta de identificação do ano da publicação, sabido que foi realizada no Jornal do Commercio, em 24 de outubro.



 

 





Recorte do matutino

Deixando o Olimpo em esto e arremessos,

presos os cachos por sedosos nastros,

os deuses pelo céu gravaram, rastros,

encheram o alto de estendais espessos...

 

Em noites puras, o colar dos astros

brilha, quais joias de elevados preços,

-- brincos, rosetas, pedras, adereços,

cordões de luz, pulseiras e de alabastros...

 

Traçaram na passagem pelo mundo,

labirintos suspensos aos olhares,

o seu itinerário vagabundo...

 

Fugiram, dispersaram-se... E, chorosas,

morreram diluídas nos luares,

na voz das fontes e no odor das rosas... 

II 

Os olhos aos céus límpidos levanto,

na adoração das místicas estrelas.

O sonho, embevecido para vê-las,

agita a ideia em desvairado canto.

 

O pensamento circunvaga pelas

taças douradas do país do Encanto,

e quando volta, mergulhado em pranto,

vem com desejo de querer bebê-las...

 

Louras estrelas pelo azul perdidas,

mostrai à terra as faces diamantinas!

Fulgi, rastros de deusas foragidas,

 

Em lírios de ouro, em lúcidos junquilhos,

e recebei as lágrimas divinas,

as lágrimas de mães que lembram filhos...


Nenhum comentário:

Postar um comentário