Este domingo (11) de maio é assinalado para comemorar o Dia das Mães. Aproveito a oportunidade para retornar à atividade da qual me afastei, por moléstia própria e do computador. Para tanto, tomei emprestado ao saudoso poeta Álvaro Maia um seu poema para completar a festa. Segue com um descuido grave do pesquisador: a falta de identificação do ano da publicação, sabido que foi realizada no Jornal do Commercio, em 24 de outubro.
Deixando o Olimpo em esto e
arremessos,
presos os cachos por sedosos
nastros,
os deuses pelo céu gravaram,
rastros,
encheram o alto de estendais
espessos...
Em noites puras, o colar dos
astros
brilha, quais joias de elevados
preços,
-- brincos, rosetas, pedras,
adereços,
cordões de luz, pulseiras e de
alabastros...
Traçaram na passagem pelo
mundo,
labirintos suspensos aos
olhares,
o seu itinerário vagabundo...
Fugiram, dispersaram-se... E,
chorosas,
morreram diluídas nos luares,
na voz das fontes e no odor das
rosas...
II
Os olhos aos céus límpidos
levanto,
na adoração das místicas
estrelas.
O sonho, embevecido para
vê-las,
agita a ideia em desvairado
canto.
O pensamento circunvaga pelas
taças douradas do país do
Encanto,
e quando volta, mergulhado em
pranto,
vem com desejo de querer
bebê-las...
Louras estrelas pelo azul
perdidas,
mostrai à terra as faces
diamantinas!
Fulgi, rastros de deusas
foragidas,
Em lírios de ouro, em lúcidos
junquilhos,
e recebei as lágrimas divinas,
as lágrimas de mães que lembram
filhos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário